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Usinas mantêm produção de etanol em alta, apesar da valorização do milho

Apesar da alta do preço do milho no mercado interno nos últimos dois anos, as usinas que utilizam o cereal para fazer etanol ampliaram a produção do combustível e fizeram novos investimentos.

Na safra encerrada em março, a produção foi de 2,7 bilhões de litros. Nesta, que teve início em abril, e que terminará em março do próximo ano, a produção deverá subir para 3,38 bilhões de litros.

Esse aumento vem de duas grandes ampliações e de uma nova operadora no mercado. Agora já são 19 usinas de etanol de milho em operação no país, 12 delas em Mato Grosso.

As informações são de Guilherme Nolasco, presidente-executivo da Unem (União Nacional do Etanol de Milho). Segundo ele, o setor está otimista e projeta produção de pelo menos 8 bilhões de litros de etanol proveniente de milho em 2028, 20% da demanda nacional do combustível.

Nolasco diz que os fundamentos do mercado permitem esse avanço. Mesmo com a mudança interna no preço do milho, as usinas estão trabalhando com média nacional de 86% da capacidade instalada. Em alguns casos, esse patamar supera os 90%.

As empresas trabalham com compras antecipadas do cereal e com armazenamento. Portanto, elas não estão pagando os preços praticados atualmente pelo mercado físico.

Mas o setor se beneficia dessa alta de preços do milho. O DGG, produto que contém proteína e é um derivado do processamento do milho, segue os preços de mercado.

O setor se beneficia também da elevação dos preços do etanol, após uma valorização do petróleo e uma recuperação dos preços do açúcar no mercado internacional.

Uma outra vantagem, segundo Nolasco, é que a produção, por ser sustentável, facilita o recebimento de investimentos voltados para esse setor.

O presidente da Unem destaca a importância da complementação do etanol de milho para o setor de combustível. No período da entressafra do setor de cana, a partir de dezembro, as usinas de milho conseguem colocar de 1 bilhão a 1,2 bilhão de litros no mercado, eliminando a volatilidade acentuada dos preços.

Nesta safra, serão utilizados 8 milhões de toneladas de milho para a produção de etanol.

Reportagem completa, aquiFonte: Folha de S. Paulo