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Somos obrigados a fazer milho em Mato Grosso para poder continuar produzindo soja, afirma Blairo Maggi

A produção de etanol de milho já é uma realidade em Mato Grosso e novas indústrias estão sendo construídas no estado. O combustível, através do cereal, é considerado uma alternativa para os produtores pra comercializar o grão, cujo consumo interno é baixo diante a produção. Segundo o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, Mato Grosso é “obrigado” a produzir milho para continuar cultivando a soja, visto ser uma cultura de rotação.

A colocação de Maggi foi dada na abertura da feira de tecnologia e negócios AgroMT, na última segunda-feira, 09 de julho, ao ser questionado pelo setor produtivo mato-grossense se era à favor ou não a transformação do milho em etanol.

“Sempre fui muito favorável. Um dos pioneiros a pensar nesta questão e incentivador dessa área, porque nós somos obrigados a fazer milho em Mato Grosso para poder continuar produzindo soja. Onde não podemos plantar algodão, às vezes por problema de clima, de qualidade do solo, nós fazemos milho”, disse Maggi.

Maggi lembrou que Mato Grosso está longe dos portos e as ferrovias ainda não estão prontas, como é o caso da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) que deve começar a sair do papel em 2019, após o governo federal destinar recursos na ordem de R$ 4 bilhões para a construção de um trecho de 383 quilômetros ligando Água Boa (743 km de Cuiabá) ao município de Campinorte (GO).

“A transformação do milho em etanol e os resíduos desse cereal em alimento para bovinos, e logo vamos ter a possibilidade com o desenvolvimento de rações que possam ajudar na alimentação de frangos e suínos, é um negócio muito interessante para o Mato Grosso. Aumenta a renda do produtor e também aumenta a sustentabilidade do negócio, porque tem anos em que o produtor faz milho e praticamente não consegue nenhuma renda com ele”, frisou o ministro da Agricultura.

Maggi descartou que a transformação de milho em etanol retraia a destinação do cereal para a alimentação humana e animal, visto os resíduos, como é o caso do DDG, continuarem como alimentos. “Os resíduos continuam como alimentos e o Brasil é grande produtor de milho e se algum lugar não consegue alimentar as pessoas, e aí vale para o mundo inteiro, não é por falta de milho, não é por falta de comida, é por falta de dinheiro para poder comprar”.

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